Ressalto que o aqui exposto está sujeito as minhas intempéries momentâneas e idiossincráticas, por tanto nem sempre refletirão qualquer opinião imutável ou muito menos alguma verdade última!
Em muitos momentos os textos nasceram a partir de pequenos eventos observados ou longas reflexões. Na maioria das vezes eu apenas sentei e comecei a escrever o que vinha na mente, por tanto corro o risco de ser redundante, surgirião contradições e prováveis inconsistências nas linhas de raciocínio adotadas.
Não há qualquer ordem cronológica ou de natureza evolutiva de idéias. Volto a dizer: São fragmentos de pensamentos e experiências!
Desculpe-me por erros estruturais, ortográficos e/ou gramaticais... Estou longe de ser um bom conhecedor do nosso idioma oficial!
Quem possui o conhecimento da verdade é livre; pois bem, quem é livre não peca, já que só peca quem é escravo do pecado. A mãe é a verdade, enquanto que o conhecimento é o pai. Aqueles aos quais não é permitido pecar, o conhecimento da verdade eleva os corações, isto é, os faz livres e os põe acima de todos os lugares. O amor, por seu lado, edifica, mas aquele que foi feito livre pelo conhecimento se faz de escravo por amor áqueles que ainda não chegaram a receber a liberdade do conhecimento; então os capacita para fazer-se livres. [O] amor [não se apropria] de nada, pois como [irá apropriar-se de algo, se tudo] lhe pertence? Não [diz “isto é meu”] ou “aquilo me pertence”, [mas diz “isto é] teu”.
No rumo dessas palavras seguem trinta e quatros anos.
Senti muita, mas muita falta do que se foi. Jamais poderia reaver o vívido que vivi... As imagens gaussianas perduram, mas como foi veloz cada manobra.
Como é forte este sentimento.
Hoje eu me levanto novo, jovem e pai. Jamais, mesmo com o meu mais óbvio desejo, poderia transmitir este rumor que me percorre.
Você teria de estar comigo naquela jornada. Aquela deixada por um novo caminho... Não há volta. Quem esteve presente não mais retornará... Nem eu.
É inacreditável, mesmo que... Mesmo que com toda a capacidade de pensar conhecida pudesse descrever o agora.
Seria pouco provável conhecermos o futuro somente com as palavras e gestos de nossos antepassados.
Estou preparado (eu acho) somente para o agora e aquilo que me parece ter sido ontem. Acredito de certa feita não ter privilégios para observar o futuro... É uma estrada muito longa.
Que interesses podem justificar um conflito armado? Seria suficiente somente propor a defesa de valores “internos” para a proposição da batalha? Em certos pretextos talvez até seja aceitável não permitir a invasão de “nossa casa”, “nossa rua”, “nosso bairro”... “nosso país”, “nosso continente”... nosso planeta”...
Parece sempre justo defender aquilo que é “nosso”. Se um dia tivéssemos domínio sobre toda a galáxia, então teríamos de protegê-la dos “invasores”?
A maior guerra justificável seria a defesa da preservação da “nossa” espécie, da fauna e da flora, do planeta Terra. Em menor instância, mas não menos importante estão nossa família, amigos e valores sociais (cultura, religião, história...).
Toda a beleza do parágrafo acima morre nas mãos dos usurpadores da vontade. Somente pelo poder de manipulação, pela vaidade e egoísmo, por provar alguma hegemonia se faz guerra de nação contra nação.
O erro tem início no conceito territorial, na nação. Quem disse que somos uma nação e que aquele povo do outro lado riacho é outra nação? Quem falou que os arredores do meu castelo a mim pertencem, e que é de interesse expandi-lo conquistando novas terras (mesmo que tenham outros lá)?
Alguém pode comentar que sistemas políticos mantêm a ordem administrativa para o povo. Saúde, alimentação, saneamento, educação... Isto e muito mais é direito do cidadão. A função do governo é prover meios de a economia caminhar de maneira justa e “amigável” – Tá de sacanagem!
Nenhum regime político é o melhor – Todos estão em constante transformação, adaptando-se as situações do dia-a-dia, evoluindo nas leis e nos projetos de interesse comum – Tá de sacanagem?
Não deveriam haver fronteiras nem para um continente, país ou esquina, mas é obvio que geograficamente isso ajuda a saber onde estamos e para que endereço estamos nos dirigindo. Será que realmente sabemos onde estamos?
Imagine algum tipo de ordem galática (tipo esses baratos da ficção científica), nessa ordem seríamos vistos como país X,Y ou Z? Não! Seríamos e participaríamos com representantes cujo crachá diz: Fulano de tal, representante do planeta Terra. Que merda hein!?! A quem você confiaria tal posição de poder?
Imagine agora se descobríssemos que somos um entre vários universos contendo bilhões de bilhões de bilhões de galáxias – A quem você confiaria a decisão sobre os rumos de nosso universo sócio-político-econômico? Que merda hein!?!
Agora imagine a quem você confiou o poder sobre “sua associação de moradores”, “seu município”, “sua cidade”, “seu estado”...!
Façamos guerra pelo tubo de pasta de dentes aberto, pelas fezes do animal do vizinho em nossa calçada, por aquele centavo que falta de troco... Façamos guerra! Deixemos todos os princípios “verdadeiros” de companheirismo de lado ou abracemos o companheirismo adjacente contra o companheirismo distante de outrem. Vamos pular desta arca chamada Terra!
Agora tenha em mente que estamos no berço da civilização, da vida e nunca sairemos dele. Sempre há o que “evoluir” e onde “crescer”. Nosso objetivo é tão maior que toda essa pirraça e infantilidade que nem conseguimos enxergar além da neblina de nossa mera e passageira existência como espécie. Esteja debilmente feliz por nem ter o poder de alcançar o vislumbre de algo além, senão eu perguntaria o que você faria com tal poder!
A vontade de ser soberano sobre tudo é tanta que faz com que alguns acrescentem seus contos religiosos da carochinha, suas falácias comportamentais, suas gravatas, mantos, turbantes, tangas e túnicas a história da “humanidade” (e outros ainda dão continuidade a contínua mentira que segue). Parece até que tudo começa com alguma fofoca e termina num ato numinoso e inexplicável ou digno de extrema admiração e/ou devoção.
Senhoras e senhores façam suas apostas, pois a roleta vai girar!
...“Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião. O tempo parou num instante as com meu coração”... Foi mais ou menos assim que Chico Buarque cantou nos tempos difíceis no Brasil. E quando foi mesmo que saímos desses tempos?
Da mecânica quântica até as leis de alguma divindade só me resta uma pergunta: Tá, e daí?
Véspera de Natal. Enquanto escrevo posso ouvir, sem perturbação, o estridente som de um veículo na esquina próxima da minha casa – o som revela um pouco da personalidade de seu condutor. A letra da música diz: “...Di sainha... Di, Di sainha...”; “...Daquele jeito, daquele jeito...”!!!
Cada um com seu cada um, mas é duro ter de participar passivamente disto. É claro que poderia ser alguém ouvindo Pavarotti – sempre haverá alguém para perturbar e ser perturbado.
Gostaria que todo incomodo da raça humana fosse somente por objetivos construtivos e não por exemplos vazios, mas é assim: Precisamos de lazer... Mas que lazer é esse?
São tantas e inúmeras as maravilhas que pouco dedicamos qualquer parcela de nossas débeis vidas. Acredito firmemente que a falta de percepção de todo nosso potencial é a raiz de todo o desastre de nossa existência. A grande maravilha da vida e do momento humano é tão “singular” que pouquíssimos dedicam-se pelo menos em pensar um pouquinho sobre.
É tão mais “fácil” apenas viver por viver – os eventos a que temos mais “atenção” corroboram para catástrofe: Sucesso, fama, dinheiro... Carro, mansão... Até diversas das emoções – nem sabemos o que é amor – colocar a idéia de que tal indivíduo preenche nossas carências ou que minhas respostas químicas são a chave das emoções que sinto... Sei lá!
Será que a consciência existe além da carne? O reflexo de nossas reações e sentimentos baseiam na inteligência ou existe algum agente motivador, tal como o cérebro nos iludindo?
Somos máquinas maravilhosas... Mas somos, em paralelo, máquinas extremamente limitadas. Será verdade que não merecemos ter a solução de “mão beijada”? Tenho realmente de evoluir? Não seria eu uma peça restante de uma etapa muito mais feliz de algum outro universo? Não seria eu a sombra de uma existência muito mais poderosa de mim mesmo?
Gostaria de recomendar alguns vídeos disponíveis no You Tube:
Não estou falando de realismo fantástico ou qualquer teoria porca sobre UFOs. Me refiro a realidade científica do todo. Assista depois me diga o que acha!
Foi por volta das oito da manhã – não posso precisar a hora, pois tive de dar mamadeira para o Lucas, niná-lo de depois colocá-lo carinhosamente ao lado a mãe para que voltasse a dormir.
Eu estava num local que parecia ser a casa dos meus pais, mas com algumas modificações. Estava eu, minha mãe, minha tia Sandra... Provavelmente havia mais alguém, mas pude reconhecer. Olhávamos pela janela do segundo andar; a luz do dia era linda e havia uma árvore de folhas pequenas de verde marcante – uma daquelas que as raízes tomam os muros (tem dessas por lá). Escondíamos-nos de algo provavelmente assustador. Minha tinha perguntava pelas meninas, onde estariam?
Eu me preocupava em nos proteger. Repentinamente entra pela janela um pequeno disco azul, achatado nas pontas – parecia estar num vôo controlado. Eu o agarrei e tentei por duas vezes lançá-lo pela janela, mas minha mira falhara, até que na terceira consegui, mas o mesmo caiu ainda na sacada.
Sabia que era uma bomba, já havia presenciado provavelmente em algum sonho as possibilidades de aquele objeto explodir. Poderia explodir como uma bomba local – como aquelas de um atentado – ou poderia ser atômica. Não havia como supor as conseqüências.
Chamei por alguém (provavelmente minha tia), pedi que me ajudasse a cobrir uma clara-bóia com revistas. Enquanto executava a tarefa deparei-me com alguns exemplares da revista Scientific American cuja leitura me era freqüente, parei por instantes, observei-as e logo retornei ao trabalho. A idéia era cobrir as revistas com algo como uma capa destas de colchão para que os vidros que voassem não nos atingissem.
A clara-bóia tinha uma inclinação de aproximadamente vinte graus e media dois metros quadrados; estava localizada no solo, próximo da casa, e o que havia embaixo me era desconhecido.
Corremos para a casa do vizinho. Eu fiquei de costas para a sacada do segundo andar, mas podia inclinar e virar a cabeça para a direita para vê-la logo acima de nós. Minha mãe e tia estavam de frente pra mim, sempre juntas.
Será que sobreviveremos à explosão? – pensei. Não entendia exatamente o que aconteceria, mas conseguia compreender a gravidade do que estava para acontecer. Iniciei minhas preces, primeiro pedindo pela própria sobrevivência, depois pedindo pela minha mãe, tia e todos os demais; fiz o sinal da cruz (embora não acredite nele) e coloquei as palmas das mãos juntas e estendidas (apontando para o queixo).
Olhei para a sacada... Então veio a explosão. O céu acima se deformou e surgiu um disco crescente em tons de amarelo, laranja e vermelho. Uma bola de luz cresceu rapidamente do local da bomba e tomou tudo a frente – era o que eu temia, era atômica.
Tentei sustentar o meu corpo. Senti a onda de choque e calor, mas incrivelmente ainda nada havia sido destruído, mas sentia que a parte de baixo do meu corpo começava a queimar. Veio uma segunda onda de energia – senti minha orelha esquerda derretendo sobre os ombros e pensei: Minha essência (consciência) persistirá???
Então pude ouvir uma canção de batidas modernas e agradáveis com um solo de piano. Foi nessa ora que a parede atrás de mim se desfez e eu alcei vôo. Tudo que via era uma mistura de amarelo, laranja e cinza. Uma voz cantava em castelhano.
Tracei uma elipse no céu assim como um pequeno planeta ao redor do ponto de explosão. Então, quando olhei para baixo, vi minha mãe e tia caminhando – senti que estava tudo bem.
Sabia que meu corpo não mais existia, mas continuava viajando com aquela enorme energia. Eu podia ver. Podia ouvir a canção. Não sentia dor nem calor ou frio, mas minha consciência permanecia viva – na verdade nem poderia realmente saber se tinha olhos ou orelhas, mas eu podia perceber.
Então estava tendo alguma resposta... Fui acordando levemente enquanto viajava, senti meu corpo formigando todo... Senti paz e tranqüilidade. Levantei e fui olhar meu filho no berço... Dei de mamar e o coloquei carinhosamente ao lado da mãe... Eram oito horas, aproximadamente. Oito e catorze resolvi descrever este episódio fantástico.
Este sonho foi um dos mais especiais que tive. Ontem de noite, enquanto estava no ônibus com o Lucas, perguntei para Deus: Será que a minha consciência, a essência do que sou, pode sobreviver á morte?
O que eu ou você pensamos que outrem já não tenha concebido em sua mente??? Estamos na casa dos bilhões de humanos “vivos”, quantos passaram antes e quantos ainda virão???
Descobrir pode estar se tornando algo não tão original. É claro que para áreas como agricultura, medicina, astronomia... A descoberta, ao que me parece, sempre existirá. Quando me refiro a originalidade e/ou descoberta, retrato um panorama de idéias e conceitos a respeito do pensamento essencial.
Vou colocar de outra maneira: Há tempos eu me “esforçava” para tentar compreender como poderíamos existir. Daí começaram a surgir algumas idéias, mas com o tempo reparei que muitos outros já haviam escrito, encenado ou musicado vários destes pensamentos centenas ou milhares de anos passados.
Certa vez imaginei que a nossa consciência do eu agora poderia estar presente em diferentes camadas do tempo, ou seja, o fato de eu estar presente falando com você não significaria que o eu verdadeiro estivesse compartilhando este momento com o seu eu.
Pouco tempo depois conheci uma das muitas correntes de pensamentos na filosofia que estuda esta área.
Num outro episódio eu achava que a verdadeira realidade não se apresentava diretamente para nós. Na verdade seria como se o que percebemos fosse apenas uma sombra da realidade – assim como temos a nossa sombra, nós mesmos seríamos a sombra de uma outra incomensurável verdade. Meses depois me deparei com uma alegoria de Platão que navegava sobre esta linha de raciocínio.
Nenhuma idéia é original. Apenas a tecnologia pode ser – dela podemos retirar novos conceitos e esclarecimentos, ou seja, dela poderemos gerar assombrosas dúvidas sempre a partir de uma nova descoberta, sendo esta fundada em algum experimento.
A neurofisiologia, psicanálise, astronomia e outras não são ciências exclusivas em si mesmas, mas sim ferramentas que dispomos para tentar explicar o que está acontecendo, aconteceu ou acontecerá. Destes estudos é que podemos galgar novos degraus do saber.
Alguns podem discordar, pois também o pensamento meditativo e/ou espiritual permite-nos transcender o limite da carne (da matéria). Isto é verdadeiro, mas também é isto a ânsia como fruto de nossas carências de contato.
Quimicamente somos ludibriados através de nossos vícios. Para achar o divino é necessário que possamos romper os limites da razão e da emoção.
Precisamos ser originais conosco. Somos o habitat das respostas que buscamos. Não me permitirei caminhar pelo princípio de que somente aqui se resolve, de que aqui se apresenta todo o desfecho do ser. Nem a ciência, nem o místico convencem; nem a mente ou consciência, nem a percepção; nem nada aqui. Estamos apenas em algum ponto do que nunca houve princípio ou fim.
Recentemente, por indicação de um amigo, eu assisti o longa What the Bleep Do We Know!?, que levou-me a continuação What the Bleep: Down the Rabitt Hole e, mais recentemente ao livro Universo Autoconsciente de Amit Goswani.
Fui acelerando vagarosamente para um ciclo “novo” de idéias. Sabia da conexão entre a consciência e a realidade a que existimos ou criamos, mas não tinha percebido tal relação em decorrência dos explicativos tratados pela física quântica.
Você pode pensar: Mas que raios de cabedal têm este cara???
Eu respondo: Eu não sei! Mas tenho minha opinião e vou expressá-la!
A relação sempre foi magistral e maravilhosa, mas o uso desta descoberta talvez venha a enaltecer ou encobrir o imenso desastre humano chamado prepotência. É fato que as religiões e a antiga física newtoniana, bem como as idéias de descartes e algumas outras áreas de conhecimento terão de sofrer revisões (a evolução é isso).
O que se acreditava ser agora não é ou seria algo de maior complexidade. Acreditava-se que a existência poderia ser explicada apenas usando de nossa percepção do mundo ao redor. Hoje as coisas estão virando de ponta-cabeça.
Ainda mais quando se afirma que não existe matéria, que o átomo não é o que se imaginava e que a consciência pode ser a chave que gera tudo que percebemos como “real”. Essa teoria foi sugerida em diversas obras, tais como: Alice No País Das Maravilhas, Matrix... Sem considerar o sem fim de pensadores como Platão...
Agora me deparo com a ótima curiosa a que alguns propõem quando afirmam que certos conhecimentos podem ser revelados e utilizados segundo as ambições pessoais. Não posso deixar de falar do “grande” filme The Secret (O Segredo) que deu a luz ao livro de mesmo nome. The Secret e What the Bleep tem seus parentescos, em ambos existe uma escala de ar absurdo. Vamos lá:
Somos realmente deuses de toda a criação? Somos deuses em construção? Eu realmente crio a realidade que vivo? Sou, como humano consciente, o observador último onde não há necessidade ou não existe nada hierarquicamente acima de mim? Tudo está subjugado a minha criação consciente? Quem diz que sou o observador/criador/descobridor, a realidade que eu mesmo criei, a ilusão em que acredito?
Isto me parece extremamente incompleto! Vamos ver:
Se eu observo, então o que impede de eu ser observado? Se crio, o que impossibilita a mim não ser também “objeto” de criação de algum outro observador? Se eu gero a realidade das outras espécies, não pode haver outra que gere a minha?
Estamos ou não abrindo a caixa de Pandora? Acho que existe muita pressa, ansiedade e histeria de uma busca que nem começou.
Sim, sim... É certo que podemos influenciar o ambiente em que vivemos a partir de nossos desejos e comportamento! Mas fazer disso a perfuratriz da unidade de toda a essência humana é de fazer rir ou chorar!
Se a física das partículas, a religião, a psicologia e a filosofia concordarem com a “nova” visão interativa a que se submete e realidade, então não a indivíduo, nem objetivo uno. Não dá para imaginar a realidade como um software que minha consciência escreve e, ao mesmo tempo, objetivar cheques pelo correio. Isto vai de encontro a qualquer linha sã e evolutiva da razão de ser.
Então Descartes gera idéias da mecânica das coisas e eu uso as boas novas para me fixar a esta idéia – Isto é um paradigma!
Se a veracidade é por mim dirigida, então, de que importa se tenho R$100,00 ou US$15.000.000.000,00?
O que um ditador atrai para si? Que o segredo vire-se contra ele, mas antes ele pode destruir muito de outrem! Tudo acaba se anulando pela simples arrogância e minimalismo de um pensamento de benefício de prazo tão curto!
Se existe uma verdade de todas as coisas ela não pode estar somente no relicário da minha presunção!
Ridículo, ridículo ver a divisão das “riquesas” mundiais, a desigualdade... Aí alguém diz que 1% “ganha” todas as riquesas que os 96% de todos os 6.000.000.000 de habitantes produzem, com base na suposição destes não conhecerem o tal segredo. Por que então estes 1% não se propõem a contribuir para a redução desta infâmia absurda? Grande porcaria de segredo!
Vender livros, filmes ou derivados capitais não muda a condição da Bósnia, do Tibet, da África e outros locais assolados pela exploração dos supostos dententores de alguma verdade última!!! Será que o tal segredinho não foi utilizado para justificar os navios negreiros, a perseguição aos judeus, aos índios, as “bruxas”...
Ainda há conselho de uso do seu segredo, ou seja: Use-o como quiser!
O quão fundo pode-se chegar para a compreensão de algo? Até que ponto é possível aprofundar-se? Estas são perguntas sem resposta definida, o objeto de resposta encontra-se exatamente no preparo a que dedicamos para tal!
Um atleta quebra seus próprios limites ou os de outro a partir de sua predisposição genética aliada ao condicionamento e aperfeiçoamento de suas habilidades.
Nesta mesma “razão” encontra-se o atleta pensante (aqui me incluo). Pensante no sentido de vislumbrar, divagar e/ou propor rotas para a compreensão do que seria a existência.
Tenho plena convicção de que qualquer indivíduo pode, com sucesso, tomar rumos fora das cercanias do dia-a-dia. Também sei que o encontro com paradoxos e paradigmas muitas vezes não é um exercício agradável, ou muito menos pode ser interessante. Gostos, preferências e escolhas não se discutem?
Estamos o tempo todo fazendo distinções e julgamentos, quer desejemos ou não. Minha cor favorita é o azul (fiz uma escolha baseada e distinções e julgamentos); aprecio xadrez, instrumentos de corda...
Minhas escolhas não são as melhores nem as mais certas. Elas estão intimamente ligadas ao senso de comparação de que temos nota. Como é que eu sei que uma bola é pequena e outra grande? Para isto eu preciso de duas bolas de tamanhos distintos ou, ao menos, ter alguma informação sobre alguma outra bola armazenada em minha memória.
Assim agimos. Usamos somente as informações armazenadas em nosso cérebro conforme tomamos conhecimento e desenvolvemos nossos sentidos, desde a gestação até que nosso prazo de validade expire ou seja interrompido.
Partindo deste pressuposto como minha intuição, cognição ou criatividade (estes para mim são alguns dos integrantes da vida que nos diferenciam de uma máquina) poderia te propor algo além do que você pode “enxergar” ou compreender e vice-versa?
Com toda esta ventania,
O quanto eu sopraria para que
Percebesse o que tenho para falar?
Vivo dentro de mim mesmo,
Por meus pensamentos e abstrações.
Em nada te influencio, mas de alguma maneira eu gostaria de falar-te.
Gostaria de tornar compreensível, de ser didático... para que assim possa ver como vejo.
O quão profundo você pode mergulhar comigo sem oxigênio?
A terra e suas fontes sempre foram pauta para qualquer disputa. O grupo, a matilha, a tribo, o clã... Eu quero ficar na sombra, eu quero água... Essa caverna é minha. Vou urinar, cercar e murar. Marcarei meu território!
E dessa diferença se fez a bandeira, o estandarte, a marca, o símbolo o mascote... O escudo e a lança, o partido, a doutrina para a defesa e/ou conquista daquilo que, por algum interesse, o homem decidiu que deveria ser dele e não do próximo – ele saberia cuidar melhor; seu povo tiraria melhor proveito em prol do “desenvolvimento” de suas convicções sociais e políticas. Se o outro quiser um pedacinho que esteja, “por livre e espontânea vontade”, interessado em participar das “atividades” da “comunidade”.
César, Gengis Khan, Hitler... E quantos mais forem necessários, enquanto durar o homem.
Preconceito, mesquinharia, prepotência e uma panacéia de outros substantivos poderiam ser atribuídos aos males dessa febre.
Da autopreservação cunhamos a diferença - criamos os termos etnia, classe social, minoria... Fomos preconceituosos á nosso próprio respeito. Se não existe respeito para indivíduos de uma mesma espécie, o que mais pode haver de construtivo???
O que é a pátria (uma faixa de domínio)? O que para mim é nacional aqui, para outro é internacional de lá e vice-versa?
Não seria a Terra uma só, havendo apenas diferenças climáticas e geológicas que diferenciassem uma “região” de outra?
Para governar torna-se mais fácil dividir um território em seções, estas seriam presididas por indivíduos de objetivos “comuns”... blá, blá, blá.
De um lado estão os defensores de uma forte reavaliação de certos conceitos religiosos, do outro estão os ortodoxos, fundamentalistas e/ou tradicionalistas - a briga é forte. Desde há algumas centenas de anos estamos aprendendo sobre algo que passou e passa por diversos "filtros" de interesse (conforme a determinação de alguns poucos mas proeminentes inquisidores do conhecimento).
Acredito que em pouco tempo, como já está acontecendo, algumas correntes institucionais terão de ceder em virtude de instigantes descobertas e revelações. Devo advertir que para alguns que isto acabou por se tornar uma obsessão para desacreditar a fé - não acredito que seja este o caminho. O contato homem-DEUS independe de qualquer dogma, pois DEUS habita em cada um que O aceitar, e não na vontade de terceiros (não porque alguém diz que é assim ou assado). Nossa experiência é "individual e intransferível". E nada pode impedir que busquemos a VERDADE, ninguém pode determinar que face ela deva ter, mas infelizmente a trilha é longa.
Um amigo (enquanto caminhávamos por entre as prateleiras de uma grande livraria) disse: "Cara, acho que estes conceitos emergentes podem, ao encontrar alguém no cristianismo, retirar uma grande parcela de sua fé (se o mesmo tiver um coração cambaleante), mas podem também (para aqueles de percepção ampla) proporcionar uma experiência maior com a fé que possui. Por último: Para os "controlados" pelo poder patriarcal, estas boas novas serão encaradas como heresia de valor extremamente imundo".
A isto eu acrescentei: "Esta será linha de frente da nova realidade, que arqueólogos e historiadores estão nos ajudando a reescrever e renovar. O ser humano é também constituído de escolhas - cada um (segundo o livre arbítrio) deverá decidir que caminho percorrer. Independentemente disso, há muito o homem discute quais caminhos melhor expressam suas convicções religiosas. Veja, temos os Judeus, Cristãos, Muçulmanos, Hindus, Budistas... sem falar nos milhões de vozes das tradições consideradas "pagãs" que foram criminosamente abafadas durante muitos séculos. Inclua também inclusa, em nossos conceitos mais modernos, toda influência mitológica de diversas culturas antigas. O que temos hoje pode ser uma verdadeira salada de frutas, assim como diferentes civilizações são formadas por diversas etnias".
Se você tivesse nascido e crescido no Japão, qual seria a probabilidade de o Budismo ser sua base doutrinária? E na África? E se você fosse Maia, Inca ou Asteca dos tempos remotos? Acho que o homem primitivo não pensava muito sobre o que poderia haver além do céu e da terra, mas tenho certeza que um relâmpago o assustava bastante!
Nos tempos primitivos o homem não tinha muito que fazer senão caçar e procriar. Os clãs ou tribos andavam pra lá e pra cá - onde houvesse frutos ou animais. Em algum momento alguém percebeu que das sementes emergiam plantas, daí iniciou-se a agricultura. Agora o homem não precisava andar tanto, passou a ser sedentário, teve que construir um lar (próximo de fontes de água, em condições climáticas menos agressivas...) e assim as relações humanas começaram a se intensificar... O homem evoluiu (medicina, comunicação, higiene...), mas desde o início tivemos tempo para observar e refletir sobre tudo o que nos cerca (o visível e o invisível). Acabamos passando por um refinamento impressionante (religião, filosofia...).
Assim como o universo caminha, caminha a nossa existência. O homem evolui em busca do desconhecido - vejo isto como o encontro com o nosso elo oculto! Precisávamos crescer (não como indivíduo, mas como "civilização") para que houvesse maturidade (credencial obrigatória) que nos permitisse enxergar e sentir a infinitamente antiga essência da vida, seu projeto e quem a projetou. Isto está intimamente ligado às escolhas que efetuamos - isto me lembra outro filme, Matrix, onde num dos episódios o Oráculo esclarece que Neo não está lá para escolher, mas sim para entender porque fez aquelas escolhas!!!
Num passado não muito distante estudiosos tentavam compreender a distribuição dos planetas próximos e outros astros nos céus. Eles eram utilizados como guias para jornadas por terra ou mar, mas, talvez, antes disso (longe de propósitos científicos) o homem passou a perceber que as estrelas poderiam influenciar seu meio de vida. No Egito antigo o surgimento da estrela Sirius em determinada posição coincidia com a cheia do Rio Nilo; em outras regiões foi descoberta a influência gravitacional da Lua sobre as marés...
Não demorou muito para que outras associações fossem feitas, assim o homem achou que os astros poderiam também influência sobre o temperamento, comportamento e o futuro do ser humano.
Os babilônios foram, provavelmente, os precursores e comprovadamente os distribuidores desta "arte" para várias regiões e povos do planeta. Atualmente, de chefes de estado á cidadãos comuns recorrem aos meios de adivinhação na esperança de que obtenham respostas para uma forma melhor de conduzir suas vidas. No antigo mundo diversas decisões políticas, militares e amorosas eram (assim como hoje) tomadas somente após algum tipo de consulta.
Alguns métodos envolviam (ou envolvem) previsões a partir de intestinos e fígado de animais abatidos, ossos e até um que eu soube poucos anos atrás que usa borra de café (aquele pó que sobra do processo de coagem).
Voltando ao ponto: A astrologia apareceu em forma de mapas astrológicos e cruzamentos segundo a data e local de nascimento de um indivíduo. Os mapas astrológicos foram inventados segundo o conhecimento dos planetas e astros de épocas anteriores a invenção do telescópio. Neste passado recente achava-se que a Terra era o centro, não do sistema solar, mas sim de todo o universo (algo completamente descartado hoje), ou seja, tudo girava em torno da Terra (esta era vista como um objeto imóvel no espaço); um modelo do sistema solar ainda estava completo (Urano, Netuno e Plutão ainda não eram conhecidos); a jornada do Sol está "atrasada" em um mês em relação ao que era há dois mil anos, ou seja, uma pessoa nascida (hoje) entre o fim de junho e princípio de julho não seria de Câncer, mas sim de Gêmeos; constelações (antes vistas como aglomerados e estrelas "próximas"), hoje são apenas arranjos que se assemelham as formas encontradas nos mapas astrológicos, pois suas posições no céu diferenciam-se em muito (não só em distância, mas também em profundidade no espaço); se tivéssemos olhos poderosos teríamos visto não só o que se alcança a olho nu, como também uma vastidão imensa de sóis, estrelas, galáxias, cometas e etc. (como isto figuraria num mapa astrológico?); achava-se que a personalidade era determinada no ato do nascimento, na verdade ela se dá segundo os traços genéticos presentes no espermatozóide e no óvulo, na gestação e no desenvolvimento da criança até a sua velhice...
No segundo século d.C. (depois de Cristo) ou da EC (Era Cristã), Cláudio Ptolomeu, astrônomo grego de Alexandria, concatenou todas as informações que pode sobre astrologia numa obra intitulada Tetrabiblos, sendo quatro livros que têm servido como base para toda a astrologia moderna.
Não vejo qualquer base racional que sustente tais métodos de previsão do futuro ou qualquer proximidade á qualquer pseudociência nascida dos anseios do homem para compreender o numinoso ou o sobrenatural, bem como qualquer tentativa para se controlar o amanhã.
Gostaria de deixar uma questão, elaborada pelo grande filósofo Immanuel Kant, uma antinomia onde se pergunta: Porque nos lembramos do passado, mas não do futuro???
Sobressair-se em algum momento requer preparo e/ou oportunismo. É exatamente isto que encontro em várias estantes de qualquer livraria.
De poucos anos para cá tenho observado que alguns escritores tem encontrado o caminho da pedras para as grandes massas. Seus textos concentram-se em “mexer” com a curiosidade, num mar de polêmicas e suposições – infelizmente o resultado pode ser desastrosamente feliz (quando se fala em vendas), mas pode ser catastroficamente negativo.
É fato que influenciar a opinião pública ou levantar dúvidas sobre qualquer assunto pode ser extremamente saudável (isso depende da abordagem).
O fenômeno de vendas O Código DaVinci resume um tema no mínimo interessantíssimo. Em pouco tempo de pesquisa acabei por encontrar diversas vias de caráter, talvez, ofensivo e/ou inconsistente – não que obras desse porte sejam descartáveis, faltam fontes de maior proximidade com a realidade.
A base do livro segue a linha de autores polêmicos, como Michael Bainget e Richard Leigh com o livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada (uma das inspirações de D. Brown), ao qual o próprio autor (Bainget), em entrevista apresentada parcialmente num documentário exibido no Discovery Channel, assume a inconsistência da obra (baseada em suposições e fontes não confiáveis) – leia também O Tesouro de Rennes Le Chateau (uma crítica muito bem fundamentada do livro de Beinget).
Partindo do princípio de O Código DaVinci uma enxurrada de títulos: Decifrando..., Entendendo..., Revelando não sei o que surgiu para afirmar ou derrubar a idéia. Já li coisas muito mais enfáticas, não tão tendenciosas e de muito mais relevância como Maria Madalena e o Vaso de Alabastro, A Arqueologia de Madalena...
Existe certa pressão, principalmente em cima da fé, para que o homem possa revelar anos de manipulação religiosa no mundo ocidental. É notoriamente correto afirmar que a história foi remendada em todos os aspectos. Deturparam e ainda forçam que sigamos dogmas, pré-concepções e ritos só porque alguém ou algum grupo achou que era inspiradamente correto.
Para finalizar eu gostaria de deixar uma pequena mensagem aos repórteres e colunistas da revista Super Interessante: Por favor, usem abordagens construtivas e de caráter neutro. A visão unilateral e/ou pretensiosa apenas mantém o ar de incredulidade ou cega ainda mais o público leigo (eu me incluo aqui).
Crescemos conforme “regras” de aprendizagem regionalizada. Acho que um indivíduo pode ter a falsa idéia de que suas tradições, cultos, festejos, interações políticas e sociais poderiam ser humanamente mais corretos que os do próximo.
Primeiramente: O que é ou se entende por correto???
Certa vez assisti, pela TV, um ritual de iniciação de uma tribo. Neste eles deveriam abandonar a meninice e tornar-se homens, para tal era necessário que “imitassem” ou fossem como o animal que mais veneravam – o jacaré. Para isto cada candidato deveria ter sua pele talhada centenas de vezes por quase todo o corpo. Quando os cortes estivessem cicatrizados a pele o indivíduo seria “como a do jacaré”, forte e sua alma seria como a de um grande guerreiro. Alguns morreram ou morrem de tanto sangrar.
Seria isto loucura ou tradição, ritual de iniciação ou completa ignorância? Que poder eu tenho para julgar?
Quanto mais “racional” é o homem mais intolerante torna-se qualquer atrocidade, mas, em contra partida, menos o mesmo tem o poder para discernir seus próprios atos. Vide a guerra e a fome, o terrorismo religioso ou fundamentalista, drogas, petróleo, corrupção...
Quanto mais “racional” mais fácil torna-se fazer uso de armas de destruição em massa (atômicas, químicas e/ou biológicas). O engraçado é que há no meio intelectual grande respeito pela diferença cultural, ou mesmo a fusão delas dá status. Conhecer e respeitar as tradições são tido atos atribuídos a co-existência pacifica. Por outro lado se os índios americanos, brasileiros, os aborígenes australianos e muitos outros povos são dizimados ou explorados é progresso.
Bosnia, Vietnã, Timor Leste, Hiroshima, Amazônia, os pólos, os oceanos... De que preservação estamos falando exatamente?
Quanto mais racional mais empurram produtos (marketing é a alma do negócio). Onde está o espírito do indivíduo?
De tanto pensar eu acabei corrompendo o meu instinto de sobrevivência. Consegui tornar-me arrogante o suficiente para manipular a existência humana em prol de objetivos supérfluos, tão supérfluos que a vaidade atira sobre o meu senso racional milhares de falácias, assim acabei por acreditar que era preciso viver toda essa mentira que me tornei.
Hoje eu sou a poluição, a extinção. Também sou o “alicerce” do próximo passo evolutivo... Serei o pilar da fraqueza humana... Sou a história, a ineficácia e incredulidade do falso mártir.
Ergam o embuste. Lá está a minha estátua em bronze, exposta em praça pública... Banhada daquilo que os pombos não tiram qualquer proveito.
Seria melhor se eu me permitisse talhar a pele centenas de vezes, assim eu seria como o jacaré. Ao invés disso tornei-me o talhador!
Direitos autorais e propriedade intelectual são duas faces do mesmo lado da moeda – pelo menos é o que alguns acham. Eu imagino desta maneira:
Propriedade intelectual – Esta designação esta intimamente conectada ao criador da obra.
Direito autoral – Seriam os direitos que o criador teria sobre a obra, mas não é bem assim que funciona. Na verdade o direito autoral acaba nas mãos do estúdio, do editor, da gravadora... A autoria acaba sendo uma mescla de criação e disponibilidade ao público através de algum interesse privado. Isto garante que tal produto será entregue ao consumidor segundo normas que garantem “alta qualidade”, preço “acessível” e credibilidade para o criador.
Acredito que deveria haver uma equação que abone, dê salvo conduto, carta de alforria ou algum indulto por bom comportamento. Infelizmente há, em toda a história humana, um universo de músicas, livros, artigos, peças de teatro, filmes e etc. que estão relegados ao limbo do esquecimento em algum porão, biblioteca particular, galpão ou seja lá que meio de armazenagem seja usado. Obviamente há muito material, nenhum ser humano seria capaz de absorver (conhecer) tudo (imagine daqui há mil anos – se sobrevivermos), mas impedir o acesso ao “produto”, somente por que não há interesse público o suficiente para gerar somas consideráveis é um absurdo sem tamanho.
Apóio muito iniciativas com as do Google, que possui um projeto para digitalização de bibliotecas inteiras, mas houve muita resistência e o negócio acabou sendo “engavetado”. O site Wikipedia (a maior biblioteca virtual do mundo) é uma fortíssima e feliz iniciativa para manter o acesso ao conhecimento.
Existem meios para se gerenciar compartilhamento de arquivos, para isto seria interessante se discutir formas (uma legislação) para se normatizar conteúdo livre para todos. Vou citar alguns exemplos válidos:
Digamos que (pode parecer esdrúxulo) alguém deseje adquirir um CDs de cânticos de uma tribo do Tibet, como seria???
Além de ser difícil encontrar “produtos” específicos, há o problema que envolve obras que caíram em domínio púplico – estas somem.
Falta ainda examinar a falta de espaço para milhares de artistas (músicos, escritores, atores, dançarinos e etc.) desconhecidos em busca de algum lugar ao sol. Mas as grandes indústrias são lentas e tendenciosas, explorar novos horizontes nesse panteão é, também, uma tarefa monumental.
Então porque não abrir algumas portas??? Vamos lá:
- Obras de domínio público.
- Acervo desconhecido para um país ou região. Seria pelo menos válido divulgar o material sobre a forma de conteúdo parcial distribuído gratuitamente.
- Versões de software antigas.
Vale a pena, pode não reduzir a pirataria, mas ao menos abre oportunidades para que ambos os lados ganhem mais.
Acabo de acordar de um daqueles sonhos em que revivemos momentos de nossa adolescência, época em que a Internet (para alguns Arpanet) era algo desconhecido das grandes massas.
Quando, com aproximadamente catorze anos de idade (meados de 1986), o meu esporte favorito, antes da paixão pelo skate, era o mountain bike (também não era muito comum por aqui). Parece-me que sempre desejava romper minha resistência física, era uma paixão incessante pela aventura, adrenalina pura.
Naquele sonho, eu e mais dois desconhecidos descemos algumas trilhas curtas que pareciam ser de grande familiaridade (ao menos no sonho) – lembravam certos trechos do Pico do Papagaio: Algumas horas de subida, resumidas em pouco mais de vinte minutos de descida. Em certos pontos a inclinação ultrapassava facilmente os sessenta graus, havia um curto trecho em que o solo era coberto apenas por raízes, noutros momentos estávamos à beira de barrancos... Podíamos, em poucos segundos, passar dos setenta quilômetros horários.
Entre uma trilha outra parávamos para saborear o momento. A parte mais curiosa foi um comentário que fiz: “Para esta última descida eu me dou nota oito, pois sujei de lama mais o braço direito que o esquerdo. Vamos ver o que a próxima descida nos revelará!” – Neste ponto eu acordei, um comentário desta natureza era típico para a realidade em que vivi!
Na vida real, uma das estripulias de que mais gostava era descer a inclinação suave sobre o muro da Escola Municipal Vitor Hugo, com aproximadamente quinze metros de comprimento e dois metros e vinte de altura. Antes de bater nos galhos á frente havia um monte de areia endurecida encostada no muro, o que possibilitava o escape para a quadra poliesportiva.
Estava eu num dos meus passeios pela cidade maravilhosa, vindo de Botafogo e indo para Sarapuí (logo alí), quando ouvi (inevitavelmente) uma conversa entre o cobrador, dois funcionários de uma empresa de transportes e outro conhecido de ambos. Eles falavam sobre filmes que gostavam ou não. Em determinado ponto um disse: “Cara, e aquele lance do Matrix? Eu não entendi nada, que filme doido. Achei muito ruim!"
De poucos anos para cá o cinema, a televisão e alguns escritores descobriram, principalmente com a virada do milênio, que existe (sempre existiu) um público alvo densamente numeroso e disposto a gastar alguns bilhões de dólares com filmes, séries de TV, livros, games… Vide: O Código DaVinci, O Enigma do Quatro, Labirinto... Bruxa de Blair, K-Pax, Efeito Borboleta... Lost, Heroes, Arquivos-X... Mais uma infinidade de games e quadrinhos onde os heróis têm seu lado obscuro, como Hell Boy, Spawn e games baseados em RPG como Warcraft...
Recentemente o premiado diretor Martin Scorsese vem criando frenesi entre arqueólogos, historiadores, teólogos e todo o resto dos interessados. Ele lançou seu polêmico documentário intitulado O Sepulcro Esquecido de Jesus, neste são apresentados alguns achados que poderiam ser atribuídos ao próprio e Jesus e sua árvore genealógica – três sepulcros contendo as inscrições de seus prováveis residentes (João, Maria e Jesus) foram encontrados há poucos anos. Daí veio a pergunta: Se Jesus não estava na caverna (Ele, segundo a Bíblia, ressuscitou no terceiro dia), que o seu corpo estaria fazendo em um sepulcro??? Não entrar no mérito da questão, mas é algo que poderia ter importância. Num outro artigo falarei sobre isto!!!
Matrix e uma série de outras produções visam um público hoje muito bem abarcado pela série Lost. Certa vez eu li algo como “TV para nerds”, até certo ponto esta afirmação possui relevância, pois os argumentos utilizados são para um público que não compreende grandes massas, embora qualquer um possa se identificar com o conteúdo apresentado!!! Existem entrelinhas, mensagens subliminares ou inclinações claramente visíveis. Tudo sempre querendo demonstrar que há algo, que a “Verdade está lá fora” – slogam dos Arquivos-X ou lá dentro, como apresentado em Stigmata.
Num momento de Matrix o Oráculo diz para Neo mais ou menos o seguinte: “Você não veio aqui para fazer escolhas... Você já as fez, agora lhe resta compreender porquê elas foram feitas...”.
O filósofo Immanuel Kant (acho que foi em A Crítica da Razão Pura) aponta suas antinomias e numa delas fica a pergunta: Se nos lembramos do passado, porque não temos recordações do futuro???
O Homem do Vitrúvio (Homem Vitruviano), de Leonardo DaVinci, é uma grande homenagem á Proporção Áurea - o valor 1,618... encontrado amplamente em “tudo” o que há.
Para mim a maior mente viva, Stephen Hawking (que atualmente ocupa a cadeira lucasiana, em Cambrige University, que um dia pertenceu a Isaac Newton) revela as propriedades de processamento de informação dentro de um Buraco Negro. Que lógica maravilhosa!!! Outra pergunta: Quanta informação pode ser armazenada em um ponto do espaço???
Numa edição especial da Scientific American (intitulada Fronteiras da Física), cientistas “congelaram” com extremo sucesso um feixe de luz. É amplamente sabido que a luz tem sua velocidade (300.000 km/s) reduzida em cerca de 25% na água. Os caras usaram uma mínima nuvem de gás ultrafria (próxima do zero absoluto, ou perto de -273 graus Kelvin) para reduzir a luz para a velocidade de um ciclista (cerca de 60 km/h). Neste mês (Maio de 2007) a Scientific fala sobre teorias que tratam a invisibilidade.
Certa vez, conversando com um estudante, que participa ativamente de experimentos feitos no IME (Instituto Militar de Enegenharia – no Rio de Janeiro), eu soube que eles estavam envolvidos em estudos sobre tele transporte. Eu já havia lido que é possível remover uma informação (entenda como algo minimamente físico) de um ponto A para um ponto B.
Voltando: Matrix é um amálgama de filosofia, teologia e física com pitadas de elementos da história humana, como a Nabucodonossor (clara referência a embarcação de mesmo nome), Morpheus (ou Morfeu), Trinity (ou Trindade), o Chaveiro (Keymaker), o frânces (Merovíngio como clara referência a uma provável descendência disnática de Jesus)...
Além de elementos intrinsecamente ligados a realidade virtual. Os caras levantam fortes questões sobre o livre arbítrio e a pré-destinação. Até que ponto somos livres??? Como perguntou Morpheus: “Você pensa que é ar o que você está respirando???”, ou melhor, você está respirando??? Isto me lembra o poder incutido na meditação e transparecido quando alguns dizem poder levitar.
É real o mundo que eu vivo??? Não será esta uma mera ilusão ou alusão??? Não seria este universo que eu vivo o sonho de alguém???
Para entender filmes como 2001 - Uma Odisséia no Espaço e livros como O Despertar dos Deuses (Isaac Asimov) ou O Tesouro do Templo (Eliette Abécassis), faz-se necessário o entendimento prévio de algumas áreas de estudo, infelizmente relegado á uma minoria.
As condições para um telespectador e/ou leitor absorver pela ótica do autor ou a mensagem nem sempre é algo de domínio publico, ou talvez a mesma demande uma “mesa” de discussão para o interessado.
Daquela conversinha, a que eu fiquei de ouvidos abertos (intrujão), brotaram os seguintes comentários:
- “Tirando os efeitos mentirosos e exagerados que gostei o resto eu não entendi nada...”
- “Porque fazem filmes assim, serve só pra ver!?!”
- “Neguim (e branquim também) quer é ganhar dinheiro...”
Ao final eu concordo quando dizem que o lucro é o alvo – para se gerar somas consideráveis o produto precisa de uma massa de clientes relevante. Mas também imagino que para um produtor, autor e/ou escritor de sucesso talvez pouco importe o que a editora e/ou produtora esteja ganhando – o foco pode ser a sua mente!!!
Raramente paro analisar o que me cerca - isto se dá pelo dia-a-dia e a responsabilidade sempre ascendente. Conforme o andar da carruagem eu aproveito pequenos momentos para refletir um pouco!!!
Quantos de nós tentamos observar a existência com um pouco de profundidade??? Não possuo o menor cabedal para tal, mas o que me impediria???
Estamos vivendo o ano do LHC (Large Hadron Collider), a maior máquina do mundo projetada pelo homem, uma ferramenta que será capaz de analisar estruturas bem pequeninas - isto nos dará a oportunidade de compreender mais um pouco sobre o comportamento das partículas “elementares”. Por outras vias eu poderia destacar o projeto SETI@Home (programa para análise de dados em busca de vida inteligente fora da Terra), o Super Kamiokande (esperança para a interceptação e estudo de neutrinos)... E o que eu tenho haver com isso??? Estas tecnologias, além de tentarem responder algumas perguntas sobre o que somos, de onde viemos e, possivelmente, para onde iremos, abrem portas gigantescas para o avanço high tech dos produtos que consumimos, bem como melhorias significativas para a agricultura, medicina...
Vejamos: Eletricidade, Magnetismo, Energia nuclear... Raio-X, Ultrassom, Radio freqüência... Internet, Processadores quânticos (qubits), DVD... Todas as tecnologias são fruto da tentativa do homem em compreender sua essência e a do universo.
Então eu deveria ficar de fora? Acho que não! Obviamente eu não teria muito com que contribuir, mas conhecer, mesmo que passivamente, também é buscar.
Sinto-me muito feliz nesse aspecto do saber cognitivo, subjetivo, sonhador... Sinto-me muito feliz por poder formular e conhecer questões novas ou antigas, participar da descoberta de outrem... Com um pouco de cada pedacinho que consigo perceber reduzo o número de peças necessárias para resumir o que sou. Esta, para mim, é definitivamente uma das evoluções a que me disponho e uma das mais significativas.
Para isto não há escola, nem distinção cultural ou intelectual, não há cor, nem há dinheiro... Há apenas EU!!!
Temos nossas tradições baseadas única e exclusivamente no passado, mais precisamente nos ensinamentos e exemplos que os nossos antepassados deixaram em registros.
Infelizmente nossa compreensão sofre de alguma debilidade, pois não poderia a mente humana estabelecer uma verdade absoluta??? Sim, mas seguimos caminhos "lógicos", ou rotas que mais se encaixam naquilo que "concebemos" como plausível. Daí cada indivíduo é livre para criar.
Cristianismo, Islamismo, Budismo, Hinduísmo, Xintoísmo, Gnosticismo, Agnosticismo, Ateísmo... Só para citar algumas. Diversas crenças e doutrinas nos cercam. Qual seria a probabilidade de eu seguir o Budismo se eu tivesse nascido no Japão??? Se eu tivesse sido um Inca, Maia ou Asteca, o que eu seguiria???
É muito difícil defender uma doutrina, seita ou mesmo criar uma nova. É óbvio que todo segmento "divino" tem seus seguidores, pois sempre haverá um pé descalço para um chinelo velho. Todo argumento pode ser defendido e agraciado com novos participantes convencidos que ali está a verdade "suprema". Até para o malévolo existem admiradores fervorosos!!!
Realmente seria de grande complexidade acompanhar o desenvolvimento parcial da fé segundo pré-concepções, visões passadas e/ou aspersões. Acredito que o principal fundamento está incutido exclusivamente em nossa capacidade de questionar - seguir sem se perguntar o porquê pode se mostrar uma experiência frustrante.
A grande verdade é que muitos vão de encontro e até fazem as perguntas, mas nem sempre são as perguntas de maior eficiência. Estas estão fadadas á solução dúbia, duvidosa ou fracassada, visto que as mesmas sofrem a influência do que observamos, absorvemos e sentimos... Vivemos num sistema de castidade, não temos um passaporte para a total liberdade - ele tem de ser conquistado. Os espólios libertários desta guerra não pertencem ao indivíduo, mas á espécie!!!
Eu vou provavelmente morrer sem ter resposta, mas não sou arrogante ao ponto de me dar ao luxo de não buscá-la. Em certos aspectos seria muito mais confortável se eu apenas vivesse conforme os dias se passam, mas este não é o mecanismo mais eficaz!
Volto a dizer: A conquista pode não me pertencer, mas, ao menos, devemos isto para a nossa semente!!!